domingo, 3 de junho de 2012

Disputa por Rodrigo esquenta a trama de "Amor Eterno Amor"

Mayana Neiva, Letícia Persiles e Andréia Horta falam da relação de suas personagens com o domador de animais na trama das 18h




Gabriel Braga Nunes entre Mayana Neiva, Andréia Horta e Letícia Persiles Paula Giolito

RIO - ‘Olha como estou bem servido”, brinca Gabriel Braga Nunes, diante das atrizes Letícia Persiles, Mayana Neiva e Andréia Horta. De fato, Gabriel está podendo. Ou melhor, Rodrigo, seu personagem em “Amor eterno amor”. Alvo da paixão de três mulheres na trama das 18h, o domador de animais de olhar penetrante é, atualmente, o mocinho mais cortejado da ficção. Se até agora a disputa acontecia entre a fogosa Valéria (Andréia) e a jornalista Miriam (Letícia), a partir de terça — no capítulo 80 — o jogo fica mais animado com a entrada de Elisa (Mayana), seu amor da infância. E, pelo jeito, a moça recém-chegada de Minas Gerais está disposta a um lugar no coração do rapaz. Mas, afinal, o que é que Rodrigo tem?
— Se ele é capaz de domar uma búfalo com um olhar, imagina o que não faz com uma mulher — brinca Gabriel, às gargalhadas, modesto em relação à popularidade de seu personagem: — Ele faz sucesso por causa do intérprete, talvez (risos)? Pode ser pelo caráter, pelo dom... Não sei, sou suspeito para falar sobre isso. Só digo que sou um privilegiado por ser disputado por essas três mulheres.
Fato é que dúvidas vão pairar sobre a cabeça de Rodrigo nos próximos capítulos. Após descobrir que não é pai do filho de Valéria e eliminar qualquer tipo de relacionamento com a moça, ele decide se entregar ao que sente por Miriam: uma sensação, quase indescritível, de ligação entre os dois. E é justamente nesse momento mágico que Elisa resolve aparecer de mansinho, abalando as estruturas emocionais. Dos três.
— Embora só apareça fisicamente agora, Elisa está na trama desde o início. E é essa busca/espera por ela que permeia a relação do Rodrigo com as outras mulheres. São três expectativas: a do Rodrigo, a do Brasil e a minha — confessa Mayana.
Comprometida com o papel desde outubro passado, a atriz começou a dar forma à personagem apenas há alguns dias, quando leu os primeiros textos. Com os cabelos mais claros e alongados — visual mais próximo da Elisa da infância, vivida por Júlia Gomes —, pisou no estúdio pela primeira vez na segunda-feira passada, para uma sequência de 12 cenas com Gabriel. Nervosa por entrar no meio da trama, Mayana revela que se sentiu à vontade ao lado do ator.
— Eu já admirava o trabalho do Gabriel, e ele é muito engraçado. A cada cena que fazíamos, encontrávamos uma sensação diferente e chegávamos a um lugar novo. No fim do dia, nós nos abraçamos e falamos: “Que bom que encontramos esse lugar” — festeja a atriz, contando que se inspirou na intérprete mirim para fazer um trabalho de continuidade: — Ela me passou obastãozinho. Tentei pegar a pureza e a ingenuidade da infância. E mudei o olhar para que não tivesse malícia.
Mas até que Elisa conquiste de vez um espaço no coração de seu “eterno amor”, ela ainda vai passar por alguns bocados. Em sua chegada à capital ao lado de Pedro (André Gonçalves), encontra Rodrigo e Miriam juntos. Logo depois, leva uma surra daquelas de Valéria, enciumada com a novidade.
— A Valéria faz isso simplesmente porque Elisa está atravessando o caminho dela. E apronta na frente do Rodrigo, dizendo que nunca vai deixá-lo em paz — adianta Andréia.
Para a atriz, é bem provável que o destino de sua personagem seja ao lado do peão Josué (Raphael Vianna), o verdadeiro pai de seu filho. Mas, em sua opinião, tanto a marajoara barraqueira quanto o vilão Fernando (Carmo Dalla Vecchia) são “espíritos obsessores do passado”.
— Acho que eles querem resgatar alguma coisa — palpita Andréia, dizendo que a relação de Valéria com Rodrigo — a quem ela chama de Barão — é estritamente sexual: — Ela é cega por ele. Quando o vê, sente um fogo lambendo seu corpo dos pés à cabeça. Mas eles só se dão bem quando estão pelados na mesma cama. Não teria a ver ficarem juntos.
E Miriam, como fica nesse rolo? Responsável por ajudar Carlos/Rodrigo a reencontrar a mãe biológica, Verbena (Ana Lúcia Torre), logo nos primeiros capítulos da novela, a jornalista, a princípio, opta por deixar o caminho livre para que seu amado se entenda com Elisa.
— Será um choque para ela, apesar de saber que é uma história antiga que ele precisa resolver. Miriam vai ficar muito abalada porque Elisa aparece justo no momento em que eles iriam assumir essa paixão — comenta Letícia:
— Eles têm uma ligação muito verdadeira, são almas gêmeas nesta história toda.
Assim, as perguntas começam a surgir: se Miriam é realmente a alma gêmea de Rodrigo, quem será Elisa, a suposta outra metade dele? Será uma impostora?
— Eu não posso contar, mas acho que o público vai ficar bastante surpreso com o que vem por aí. No entanto, é uma obra aberta e tudo pode mudar — despista Letícia.
Gabriel prefere não dar opinião. Mas, segundo ele, o personagem precisa se decidir para que ninguém termine magoado. No início, confuso, ele chega até a trocar o nome das duas.
— Essa questão de não saber o que quer deixa o homem muito enfraquecido. Se eu, Gabriel, pudesse dar um conselho para Rodrigo, seria: cuidado com o fogo cruzado porque pode decepcionar as duas — sugere: — A sensatez manda você ter foco e tentar preservar uma linha de respeito. Quando a gente se mete neste tipo de triângulo, a gente se machuca e acaba machucando os outros — reflete.
Embora considere o personagem um cara íntegro e respeitador, Gabriel acha que Rodrigo perdeu a ética quando beijou Miriam na cachoeira, logo após ela ter terminado um longuíssimo noivado com seu primo, Fernando:
— Acho que ele faltou com respeito ao primo. Eu não faria isso, sabe? Uma relação tão longa não termina assim da noite para o dia. No entanto, estávamos movidos por algo forte, pelo que a novela conduz. Essa coisa de que o sentimento justifica tudo.
Mais romântica, Mayana torce para que Rodrigo e Elisa se entendam. Já que ela mesma guarda uma paixão juvenil ainda não resolvida.
— O Gabriel diz que já viveu todos os amores da adolescência. Eu, não. Quem não tem aquele amor idealizado que pode vir a se tornar um problema caso reapareça? Eu tenho. Ele ainda não reapareceu. Sei o peso que isso tem na história da minha vida.

Produção: Letícia Chitarra e Flávia Machado (assistente).

Fonte: O Globo

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#Pronto Morri


- Léo (Gabriel Braga Nunes), Novela Insesato Coração