domingo, 16 de dezembro de 2012

Gabriel Braga Nunes aceitou o personagem antes mesmo de ver o roteiro

Confiança na direção deixou o ator seguro para encarar novo trabalho

Gabriel Braga Nunes aceitou personagem antes mesmo de ver o roteiro - Luiza Dantas/CZN


Seguir carreira na televisão, inicialmente, não era um plano de Gabriel Braga Nunes. Mas, nos últimos sete anos, o que o ator mais fez foi marcar presença nos folhetins. E sempre com papéis centrais. Em O Canto da Sereia, microssérie que a Globo estreia no próximo dia 8, não é diferente. Mas, desta vez, a vontade de aceitar o convite para viver o despojado produtor musical Paulinho de Jesus veio por uma espécie de nostalgia.
Convidado pelo próprio diretor-geral José Luiz Villamarim, Gabriel conta que chegou a dizer o sim antes mesmo de ler o roteiro.
"O Zé dirigiu muitas das minhas cenas em minha primeira novela na Globo, Anjo Mau. Tive uma experiência tão boa na época que nem quis saber mais nada", explica ele, que teve apenas duas semanas de descanso entre o fim da novela Amor Eterno Amor, onde encarnou o mocinho Rodrigo, e o início dos trabalhos para a série. 

A história é baseada no livro homônimo de Nelson Motta e gira em torno de Sereia, cantora interpretada por Isis Valverde. Descoberta por Paulinho em um bar, ela se transforma com a ajuda dele, da empresária Mara e do marqueteiro Tuta, papéis de Camila Morgado e Marcelo Médici – em um verdadeiro mito da música. Mas sua trajetória de sucesso se encerra precocemente, em uma terça-feira de Carnaval. Durante um show, em cima de um trio elétrico, ela é assassinada aos 25 anos e todos que cercam sua vida se tornam grandes suspeitos. A começar por Paulinho e Mara, com quem a cantora se envolve amorosamente.
"Para manter esse clima de suspense, muitas cenas foram excluídas do roteiro. Isso dá um gosto diferente do que normalmente sentimos quando trabalhamos em uma obra fechada. Sinceramente, ainda não sei quem é o assassino", garante Gabriel, dando a entender que o desfecho na tevê pode ser diferente do que foi dado no livro.

Apesar da trama se passar em Salvador, Gabriel não precisou se preocupar com o sotaque. Como não havia referências da origem de Paulinho de Jesus no texto original, decidiu-se que o personagem teria nascido em São Paulo, passado uma temporada no Rio e, depois, se mudado para a Bahia. Com isso, toda a construção do papel foi realizada a partir da preparação conduzida pelo coach Sergio Penna, dentro da própria emissora.
"Consistiu no estudo do roteiro e dos próprios personagens. Pegamos as relações entre eles e trabalhamos como se estivéssemos em sessões de terapia", conta.

O figurino é inspirado no gosto musical do personagem: rock das décadas de 1960 e 1970. Curiosamente, o mesmo do ator, que chegou a emprestar alguns acessórios pessoais para a caracterização. Como uma camiseta já surrada e peças de prata e com a pedra ônix, coisas que Gabriel costuma usar no dia a dia. Mas, por ter uma ligação forte com o candomblé, Paulinho usa uma série de guias no pescoço.
"Os cenários também ganham um pouco a cara dele. Há guitarras em casa e outros elementos ligados à religião e também à msica, principalmente ao rock", adianta.

As gravações de "O Canto da Sereia" se encerram no fim de dezembro, pouco antes do Natal. Depois, Gabriel pretende tirar férias antes de se dedicar ao próximo trabalho na tevê. Como nenhum martelo foi batido ainda, o ator evita falar sobre seu futuro na Globo. Mas existe a expectativa de que ele volte ao ar já no remake de Saramandaia, na pele do professor Aristóbulo, papel que foi de Ary Fontoura na primeira versão. Na história, ele vira lobisomem nas noites de lua cheia.
"Não está totalmente certo o meu futuro. Sei que estarei na tevê em 2013, mas ainda é cedo para eu ficar adiantando muito", desconversa. 
Fonte: O Fuxico

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- Léo (Gabriel Braga Nunes), Novela Insesato Coração