Em 2011, grande elenco integra a encenação, tendo o ator global Gabriel Braga Nunes, que interpreta o príncipe regente, e Maxwell Nunes, que deu vida a um dos revolucionários do Porto. O espetáculo conta com o apoio da Prefeitura de Cubatão e o patrocínio da Usiminas.
A encenação recebeu uma roupagem diferente, este ano, e se transformou em musical. Contou a história desde o começo, o motivo que levou a fuga da Coroa portuguesa para o Brasil-colônia: a invasão das tropas de Napoleão em terras russas e a conquista da Europa foi início de tudo. Vale destacar a participação dos bailarinos da Cia. de Dança, da Sinfônica, e de muitos outros atores da comunidade que integravam os exércitos, contando uma história de dor e horror que toda guerra arrasta.
A partir da investida de Napoleão, a insegurança do reino português veio à tona, com a fuga da Corte para o Brasil, comandada por Dom João VI, interpretado por Lourimar Vieira. As dificuldades vividas pelas milhares de pessoas, em pleno Oceano Atlântico, foram transportadas para o tablado, com destaque para a cenografia, que utilizou grandes lenços para simular o mar e o balanço das caravelas.
Um músical épico, com direito a belos figurinos e a presença de quase 300 artistas cubatenses no elenco de apoio. Tudo com muitas canções, danças e criatividade na medida certa. Nesses quatro dias de apresentações, todo o processo que levou à conquista da Independência do Brasil será recontado: da nomeação do Príncipe Regente às conversas de José Bonifácio sobre a independência, o “Dia do Fico” e, finalmente, a viagem do príncipe português ao litoral paulista. Foram esses caminhos que transportaram Dom Pedro até a cidade de Cubatão. Naquela época, o povoado, visto apenas como um ponto de passagem de tropeiros e viajantes, tinha somente 94 moradores. Mas foi esta Cubatão que acolheu aquele que entregaria a liberdade ao Brasil. Na figura da cubatense Maria do Couto, com os ensinamentos da cultura popular, um chá de goiabeira curou o príncipe de uma dor intensa, permitindo que continuasse a viagem a São Paulo, onde proclamou a Independência às margens do Rio Ipiranga. Destaque para a atuação de Gabriel Braga Nunes que, ao repetir a famosa frase “Independência ou morte”, era aplaudido pelo público com entusiasmo.
De acordo com Amauri Alves, diretor da peça, o grande objetivo do espetáculo é fazer com que as pessoas conheçam a sua história e passem a valorizá-la cada dia mais. “A sabedoria popular nesse episódio é muito importante. Temos de valorizar a participação desses ‘anônimos’, pois são eles que fazem as engrenagens da histórias rodar realmente”, disse.
Aplaudidos em pé, todos os artistas se sentiram emocionados com a apresentação, assim como a prefeita Márcia Rosa, que visitou os camarins do elenco de apoio e dos atores principais. O desafio de criar um novo espetáculo a cada ano, contando sempre a mesma história, parece ser o que impulsiona a todos. “Acho maravilhosos trabalhos como esses, que recontam a história do nosso País e têm a participação popular. Estou muito feliz em fazer parte do Caminhos da Independência”, disse Gabriel Braga Nunes. Continua até sábado – A encenação acontece até dia 10/9, sempre às 20h. Cada ingresso pode ser trocado por um quilo de alimento não perecível. As bilheterias, que ficam na entrada da arena, permanecem abertas das 14h, até o início do espetáculo.
Ônibus direto para o “Caminhos” – Durante os quatro dias do evento, os bairros da Cota, Jardim Nova República e região, Fabril e Vila Esperança terão linhas especiais do transporte coletivo e do transporte alternativo ligando os bairros à arena do espetáculo, a partir das 18h. No fim da encenação, os veículos fazem o trajeto de retorno em um ponto próximo ao local do evento, até 1h, já na madrugada do dia seguinte. A Companhia Municipal de Trânsito, CMT, também estabeleceu um ponto de táxi especial nas proximidades da arena.
Texto: Morgana Monteiro
Foto: Carlos Felipe (CF) e Rodrigo Fernandes (RF)
Fonte: Site Cubatão
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