Protagonista de ‘Amor eterno amor’, Gabriel Braga Nunes afirma: 'Tenho muito orgulho desse personagem'

Não foi só o Leo Brandão de "Insensato coração" que Gabriel Braga Nunes precisou deixar para trás em "Amor eterno amor". Em pouco tempo, Carlos também deu lugar a Rodrigo, um homem tão diferente do domador de búfalos quanto o psicopata da trama anterior. E essa experiência tem sido transformadora para ambos.
— É como se fosse outro personagem. E é uma transformação não só para mim, ator, mas para ele também. Quando Rodrigo chega ao Rio, começa a adquirir alguns vernizes sociais — diz Gabriel: — Tenho muito orgulho desse personagem. Ele diz coisas muito boas, e essa é uma novela que trafega no universo da gentileza. Rodrigo exige uma calma, uma atenção com as pessoas. Muitas vezes você chega na ansiedade de fazer cenas de mais impacto, e ele te joga para outro lugar: "Respira, saiba dar valor a situações cotidianas".

Confusão de sentimentos


Outra mudança radical na vida do ex-peão diz respeito aos próprios sentimentos. Mesmo apaixonado por Miriam (Letícia Persiles), o Barão ficou bastante balançado com a chegada da suposta Elisa (Mayana Neiva).
— Rodrigo agora está mergulhando numa trama de paixões. Até aqui ele foi um homem muito sábio. A partir desse momento, ele está começando a se apaixonar e aí, quando chega a paixão, a razão fica meio turva, né? Isso acontece com todo mundo, isso é absolutamente humano — analisa o ator.
A torcida do público ainda está dividida entre as pretendentes:
— Os homens dizem: "Aquela Valéria, hein?" (risos). Já as senhoras costumam falar: "Mas que linda essa relação que ele tem com Miriam. É tão bonito, é tão sincera a coisa que eles têm no olhar...".
Essa confusão toda, no entanto, só acontece porque Rodrigo ainda não sabe que a jornalista é a verdadeira Elisa reencarnada.
— Essa solução traz uma coisa muito interessante, que é "A felicidade pode estar mais perto do que você pensa". Mas, ao mesmo tempo, me parece cedo para o desfecho da novela estar assim, entregue, de mão beijada... — despista.

Razão versus emoção


Atordoado com tantas mudanças recentes em sua vida, Rodrigo vem tentando achar algumas respostas mais concretas com a ajuda de Beatriz (Carolina Kasting). Neste momento, as sessões de terapia têm servido como forma de autoconhecimento.

— Na terapia, ele começa a se dar conta dos próprios sentimentos, e não só dos princípios, não só das coisas que ele considera corretas. Ele começa a aceitar que tem sentimentos fortes e que precisa ouvi-los. Começa essa sinuca, razão versus emoção. É um momento muito importante e forte na curva desse personagem — diz Gabriel.

Mas a tendência é que a terapia vá se aprofundando. Intrigado com suas frequentes dores de cabeça e suas nebulosas visões — na verdade, lembranças de outras vidas —, Rodrigo divide com a psicóloga descobertas ainda inexplicadas, como o misterioso quadro, pintado por um antepassado seu, com o mesmo farol que o atormenta em seus sonhos. Diante de tantas dúvidas, Beatriz sugere que o ex-peão faça regressão, mas Rodrigo ainda precisa de um tempo para pensar no assunto.

— É cedo ainda, mas estou achando que esse tratamento deve continuar como um balizamento para ele ao longo da trama. E acho bonito que seja assim, porque terapia é uma coisa que é fundamental na vida de tanta gente, né? Acho bonito a novela abordar uma trajetória que seja terapêutica, que vai elucidar coisas da vida desse cara — opina o ator.

Fonte: Extra